sexta-feira, 14 de março de 2008

BARALIZAR O BAR

Enquanto o tempo bebe a noite
o freezer vomita outras loiras,
as bocas voziferam e sugam espumas,
o suor denuncia a sede das bocas,
é quando mergulhamos em copos
que têm sangue dourado.

Nesse momento vejo-me só
numa mesa solidária,
absorvo vapores etílicos,
observo vultos ou sombras vivas.

Eis, que ouço a música-hino de nós mesmos:

"A lua acende em nós
essas luzes da cidade
que nos ilumina a voz.

A noite é o coração
que soluça no poeta
a vida e a inspiração.

Nossos corpos tão suados
de cerveja e de calor
o lirismo e um bar lotado
é o Baralirismo"


É uma bossa que indossa
nossa alma que teima
em baralizar o lirismo
num bar que é a toca
dos lobos sentimentais.

Um comentário:

Cel Bentin disse...

belobão momento e letra... Bora reativar o fluxo do vra-copos!!!! rs abracadabraço avoado do Cel