
O que pensar do amor?
Se ele não é o que eu supus?
Será que amor medra
Em fios cálidos de luz
Feito aos do sol nascente?
O amor se percebe,
O amor se pressente,
Nasce das pedras
Na transparência
Do broto d’água?
Mas, e o que não ama?
Ama as avessas o que mede?
Como oculta é a chama
A quem a dor se entrega?
O amor ama a mágoa?
Quando o amor era meu
E vice e versa
Era doce a conversa
Da música e o instrumento
Para a canção que nasceu
O que esperar do amor
Se ele mesmo não espera?
E perpetua a primavera
E Limpa na alma o bolor
Da flor que já morreu.
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