sexta-feira, 13 de maio de 2011

VICE E VERSA


O que pensar do amor?
Se ele não é o que eu supus?
Será que amor medra
Em fios cálidos de luz
Feito aos do sol nascente?

O amor se percebe,
O amor se pressente,
Nasce das pedras
Na transparência
Do broto d’água?

Mas, e o que não ama?
Ama as avessas o que mede?
Como oculta é a chama
A quem a dor se entrega?
O amor ama a mágoa?

Quando o amor era meu
E vice e versa
Era doce a conversa
Da música e o instrumento
Para a canção que nasceu

O que esperar do amor
Se ele mesmo não espera?
E perpetua a primavera
E Limpa na alma o bolor
Da flor que já morreu.

Nenhum comentário: