
Ainda há expectativa dos cristais da aurora suarem a pétala
O caule, a folhagem espalmada na terra fresca.
Ainda há cabeças que espalham manhãs sob o imenso chapéu de lua.
Ainda há sede de amores límpidos
Como límpidas são as águas que rebentam das grutas.
Ainda há brandura na brisa espessa em candura,
Verão pleno respirando o sol de janeiro,
Ainda há crianças abrindo o futuro com as mãos.
Ainda há ternura, socorro ao amor que agoniza anorexo
Ainda há passarinhos obstinados a procura de algum horizonte
Ainda há esperança, porque há de ter cura as feridas do mundo.
Apesar da desesperança. Apesar de tudo,
A esperança tem esperança ainda.
Nenhum comentário:
Postar um comentário