Continuo flutuando barcos
Usufruindo versos,
Entranhando a noite,
Empunhando arcos,
Meu é grito submerso
Em estalido do açoite.
Continuo capturando motes,
Alimentando o vício,
Apunhalando o demo,
Entornando potes,
Pelo nosso sacrifício
De onda em mar pequeno.
Continuo insinuando amores,
Amando o inconcluso,
Cantando o que é pleno,
Doído em amores
No lirismo escuso
No fogo ateado ao feno.
Continuo imaginado utopias,
Apresentando o gerúndio,
Desapossando o inexato,
Na inexata poesia
Que é meu latifúndio:
Regada no rigor do asfalto
24/03/10
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