sexta-feira, 28 de setembro de 2007

NÃO É POSSIVEL

Poeta, não é possivel
viver sem água,
sem ar não é possivel viver,
quando digo água e ar,
digo, poesia e música.
ambas filhas de meus amores...

baralirisando por aí,
respiro poesia
no espaço da escrita.
bebo cervejas geladas
o quanto possível
em goles musicais.

Não, poeta, não posso viver
como os que misturam sombras
no espelho escuro do cimentado
das calçadas alheias deste mundo.

Eu preciso rasgar as veias,
para retirar dos fluídos,
a poesia que ameaça a homorragia.

Não, poeta, não me peça para esperar,
meu relógio está atrasado
de poesias que não fiz.

Deitarei meu pensamento
nesta canção invisível
para que a agonia
não petrifique o silêncio.

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