quinta-feira, 13 de setembro de 2007

FILOSOFIA DE BAR

Os versos equalizam componentes novos,
os copos hidratam corpos:
copos corporizados,
corpos capiciosos,
evaporando a poesia
que não foi dita.

Os pés arrastam
papeis em branco
desperdiçando
poemas que não
foram ditos.

O poema não
necesita ser dito,
não carece ser escrito,
nem precisa ser bonito,
só precisa ser aflito.

Os baraliristas, aflitos que são,
inventam poemas na contramão
para matar a sede imortal,
sede composta na sequidão das bocas,
bocas que falam de suas musas,
musas que nem sequer existem.

Mais do que nunca:
é necessério vir a este bar,
beber da vida
que se nos parece mais
um outro novo segredo.

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