quarta-feira, 29 de junho de 2011

JANELA


Da janela vejo os dias
Que o sol compõe de surdina
Abrindo com as mãos, a neblina
Na tua manhã mais tardia.

Da janela nascem outras
Todas de igual simetria
Efeitos de fotografia
Pérola cintilada de ostras.

Da janela, colho estrelas
Quando a luazinha é clara
E é parca luz na sala.

A frustração de não vê-la.
E a resignação de não tê-la
É a solidão que me cala.

Nenhum comentário: