sexta-feira, 17 de outubro de 2008

ANDORINHA, ANDORINHA

ANDORINHA

Andorinha, andorinha,
Meu pensamento foi tecido
De um canto que desconheço,
Contudo, transpirei sobre a América,
O suor lúdico das canções.
Andorinha, irmã minha,
Diz-me da visão que nos transcendem,
Que nos rebentam num ponto de luz.
Conte uma fábula e eu beberei do rio e da seiva,
Apagarei incêndios impossíveis.
Andorinha, já de manhãzinha,
Meu pensamento alinhou-se no obscuro
Entre o tácito e a nuvem em si mesma.
Não conspirei metas para esvoaçar o cântico,
Tenho espasmos, vomito idéias.
Andorinha, andorinha,
Vôo, ando, levito,
Nem sei...


Delmo Biuford
Publicado no Recanto das Letras em 04/09/2007Código do texto: T638705

3 comentários:

Unknown disse...

Andorinha, andorinha.
A vida agora tem gosto de pano mofado.
Andorinha,andorinha.
Ensinai-me a voar!
Quero sair desse terno molhado.

Unknown disse...

Nessa hora,empurramos a noite,
embriagados de manhãs.

O Tal Sarau disse...

Andorinha, traz o céu que finda a escuridão do copo vazio de risos e lágrimas e tinge celeste com a leveza alada da liberdade a retina vívida deste caminheiro das palavras... Traz a cor do céu em suas penas: o voo é livre, o andar é preciso e a levitação... nem sei!