quarta-feira, 11 de junho de 2008

PALAVRA



Palavra bruta, matéria prima
Que a mão lapida.

Forma incerta, idéia inicial,
Vida em produção entre rascunhos,
Esboços e sensações de toda sorte
A impressão nítida da impotência,
A certidão da missão cumprida.

A palavra escapa,
Instala-se atordoadamente,
Como em um vôo incompleto,
Mas isso é o que se respira,
É desse ar rarefeito que nascem meus suspiros,
Trabalhar a palavra e despi-la,
Para aí, expô-la à leitura,
Feito a um corpo ao fuzilamento.

Um comentário:

LG, o eletrodoméstico disse...

Um lápis é um bordel de respostas e a madeira da mesa, meu palco particular.

Esculpir estrofes: a melhor terapia que existe!

vivent l'art!